Lembrei de algo bem engraçado, mas engraçado mesmo é como algumas coisas mudam com o passar do tempo. Quando o assunto é alopatia, é que vejo que “ minha voz continua a mesma, mas meus cabelos, QUANTA DIFERENÇA”... hehehe Hoje em dia é uma briga, pra que eu use qualquer tipo de medicamento. Tomo só se for em caso de extrema necessidade, só que há alguns anos atrás...
Como já havia citado, quando pequena era uma criança muito, mas MUITO travessa. E hipocondríaca. Isso mesmo. Você não está lendo errado, não. Mamãe não podia se descuidar da caixinha de remédios, ou então, sem pestanejar, eu tomava mesmo. Os meus preferidos, chamava de balinha, eram os comprimidos de Melhoral infantil (Nossa! Veio o gostinho na boca agora. Como pode, né?) Lembro perfeitamente daquele sabor e de pegar escondido, se encontrava em alguma gaveta. Na época eram embalagens de papel, diferente dos plásticos de hoje. Facilitava ainda mais minha mente traquina. Nunca fiz careta pra remédio nenhum. Das homeopatias, já sabia até aqueles nomes “estrambólicos”, tudo de cor e salteado. A fumacinha, como chamava a nebulização, era minha companheira. Fantasiava altas histórias, algumas eram aventuras pelo fundo do mar. Tudo era motivação pra ativar minha imaginação BEM criativa.
Por sorte, tanto eu como minha mana, sempre fomos duas crianças bem saudáveis. Meu único problema, que persiste até hoje, são os problemas respiratórios, complicados com o rígido inverno dos pampas. Em mim, ataca a bronquite. Lembro que vovó fazia um remédio caseiro, que era uma porretada. Um xarope de banana. Acho que sei os ingredientes, que além das bananas ia mel, guaco, agrião e um pouco de álcool. Dona Corina colocava tudo pra ferver, em um panelão, no fogão a lenha. Claro que o álcool evaporava, mas vovó me dizia que aquilo era “cachacinha” ( minha avó era muito humilde, veio do interior, não tinha muito tato pra explicar politicamente correto) pra tirar a tosse, quando eu perguntava do cheirinho. Sabe como é criança, leva tudo ao pé da letra. Tanto é, que teve um dia, em plena festa de casamento de uma prima, a pequena Caroline teve um ataque de tosse. Mamãe, com certeza, deve ter dado água, feito de tudo pra aliviar, acontece que não demorou muito pra que surgisse a indesejada frase:
- MAMÃE, DÁ MINHA CACHACINHA? “ TRAZEU” A CACHAÇA, MAMÃE?
E assim por diante. Na minha inocência infantil, não existia papas na língua, nem constrangimentos. Queria só aquela poção mágica da vovó. A santa cachacinha, que tirava aquela tosse chata, como se fosse com as mãos.
Hoje em dia tenho horror a tomar remédio. Eles nem caem bem, pois fico seguido ruim do estômago. Mas foi no meio de uma noite, entre um COF COF e outro, que daria tudo por aquele xarope. Se hoje faria o mesmo efeito, praticamente instantâneo? Não sei. Parece que os bichinhos que moram dentro de nós, esses vírus, crescem e ficam fortes, seguindo nosso desenvolvimento. Provavelmente teria que dar uma repaginada, no “coquetel porretada” da Dona Corina. Como minha mãe diz: “mal não faria.”
Engraçado mesmo, como algumas coisas mudam com o tempo. E outras, não.
Caroline
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
A quem interessar possa...
Pensamentos
Impaciência. Talvez esse seja um dos meus maiores defeitos. Definitivamente esperar é algo que me deixa inquieta, nervosa. Sempre fui assim. Se tenho um compromisso na hora X, pelo menos 10 minutos antes já estarei no lugar combinado. Por outro lado, fico brava se tenho que esperar por alguém. Salvo aqueles 5, 10 minutos de tolerância, acho maior falta de respeito quem não está nem aí pros outros, parecendo até que vivem em outro fuso horário. Nessas horas, esperar é uma virtude que já não faz parte da minha pessoa.
Esperar... Lembro que desde pequena, acho que lá pelos meus 10 anos, quando comecei a “devorar” livros mais grossinhos, que levavam pelo menos 5 noites para chegar ao então aguardado final da história, já naquele tempo remoto, já dava uma espiada nas ultimas páginas. Sabe como é, nada demais, não, mas gosto de me preparar psicologicamente para o que me espera. E gosto de pensar que sou normal, fazendo isso... hauhauhauhauhauahua
Agora, fora a brincadeira, sou bem assim mesmo. O imprevisível do inesperado me deixa tensa. Nada agravante, que me impeça de seguir em frente, mas se pudesse, adoraria uma bola de cristal e com ela saber dos fatos antes de acontecerem. Certamente teria o lado ruim também, como sofrer por antecipação, mas sei lá... Surpresas não combinam muito com minha pessoa. Sou bem prática, na maioria das vezes. Gosto de ir direto ao ponto, sem enrolação. Coisa que me deixa maluca é: “Nem te conto. Tu não sabe mesmo? Nem desconfia?” Minha vontade é gritar: “Conta logo, pô!!”
Sei que as vezes sou chata, mas fazer o quê? Se não mudei até aqui, com quase 2.9, o negócio é: ame ou deixe- me. Claro que nem tanto ao sol, nem tanto a lua, mas minha impaciência tem vezes que atrapalha um pouco. Teve uma vez, acho que foi nos meus 21 anos, que inventaram uma festa surpresa. Só tem um porém, não sei se bom ou ruim, é que tenho um faro certeiro, pego no ar, se tem algo acontecendo. Aporrinhei tanto minha mãe e mana que elas acabaram me contando tudo. Minha melhor amiga havia planejado a tal festa, que incluía até uma dessas mensagens com telegrama ao vivo, sabe? Cheguei a ficar com dor de barriga, náuseas, por antecipação, só pensando na hora H. Pensando bem, acho que terei que repensar no assunto “bola de cristal”... hehehe
Talvez eu tenha tanto medo do inesperado, dessas surpresas, por que me pegam “desarmada”. Tento manter um certo controle sobre minha vida, claro que tem coisas que escapam das nossas rédeas, mas eu tento, né? Deve ser pq já me machuquei um pouquinho e tenho medo de passar por isso mais vezes. Fazendo terapia, descobri que tenho um bloqueio. Como se construísse um muro de proteção, bem forte e consistente, onde até deixo as pessoas entrarem. Mas toda vez, que sinto em meu coração, que estou me ligando a alguém, bate aquele medo, por não saber o que vai acontecer, de se envolver e perder quem se gosta.
Em seguida que meu pai se foi, pouco tempo depois, perdi minha avó. Aquilo me deixou uma sensação tão ruim, que entrava em pânico, cada vez que mamãe atrasava um pouco pra chegar em casa do trabalho. Morria de medo que ela não voltasse, imaginava mil coisas, um acidente, um mal súbito, sei lá... Isso já adolescente. Fizemos terapia em família e isso ajudou bastante. É bem verdade que sempre ficam alguns vestígios, tem cicatrizes, que mesmo curadas, em dias de chuva ainda doem um pouco. Eu tenho as minhas, sendo que uma delas é esta. E aprender a conviver com esse medo é um grande desafio. Toda vez que se perde alguém que se gosta muito, vai junto um pouco de nós... Não sei explicar...
Sabe, minha cabeça anda meio confusa. Vai ver é obra de um sábado chuvoso e o cansaço de uma semana bem puxada. Comecei falando da minha impaciência, tudo pra contar da minha paixão por filmes do tipo “acervo mais antigo”. Sendo histórias já conhecidas, contadas e recontadas, da pra ver tranquilo. Por que os lançamentos, só assisto depois que tem alguém pra me contar o final. Caso contrário, é um teste pra paciência alheia (quando algum corajoso aceita assistir comigo), já que fico o tempo todo: “Vamos passar um pouquinho pra frente? Pra ver o que vai acontecer...”
Brincadeirinha. =P
Ai ai... E quem é normal, afinal?
Mas tudo isso são só pensamentos soltos, minhas bobagens...
Caroline
Esperar... Lembro que desde pequena, acho que lá pelos meus 10 anos, quando comecei a “devorar” livros mais grossinhos, que levavam pelo menos 5 noites para chegar ao então aguardado final da história, já naquele tempo remoto, já dava uma espiada nas ultimas páginas. Sabe como é, nada demais, não, mas gosto de me preparar psicologicamente para o que me espera. E gosto de pensar que sou normal, fazendo isso... hauhauhauhauhauahua
Agora, fora a brincadeira, sou bem assim mesmo. O imprevisível do inesperado me deixa tensa. Nada agravante, que me impeça de seguir em frente, mas se pudesse, adoraria uma bola de cristal e com ela saber dos fatos antes de acontecerem. Certamente teria o lado ruim também, como sofrer por antecipação, mas sei lá... Surpresas não combinam muito com minha pessoa. Sou bem prática, na maioria das vezes. Gosto de ir direto ao ponto, sem enrolação. Coisa que me deixa maluca é: “Nem te conto. Tu não sabe mesmo? Nem desconfia?” Minha vontade é gritar: “Conta logo, pô!!”
Sei que as vezes sou chata, mas fazer o quê? Se não mudei até aqui, com quase 2.9, o negócio é: ame ou deixe- me. Claro que nem tanto ao sol, nem tanto a lua, mas minha impaciência tem vezes que atrapalha um pouco. Teve uma vez, acho que foi nos meus 21 anos, que inventaram uma festa surpresa. Só tem um porém, não sei se bom ou ruim, é que tenho um faro certeiro, pego no ar, se tem algo acontecendo. Aporrinhei tanto minha mãe e mana que elas acabaram me contando tudo. Minha melhor amiga havia planejado a tal festa, que incluía até uma dessas mensagens com telegrama ao vivo, sabe? Cheguei a ficar com dor de barriga, náuseas, por antecipação, só pensando na hora H. Pensando bem, acho que terei que repensar no assunto “bola de cristal”... hehehe
Talvez eu tenha tanto medo do inesperado, dessas surpresas, por que me pegam “desarmada”. Tento manter um certo controle sobre minha vida, claro que tem coisas que escapam das nossas rédeas, mas eu tento, né? Deve ser pq já me machuquei um pouquinho e tenho medo de passar por isso mais vezes. Fazendo terapia, descobri que tenho um bloqueio. Como se construísse um muro de proteção, bem forte e consistente, onde até deixo as pessoas entrarem. Mas toda vez, que sinto em meu coração, que estou me ligando a alguém, bate aquele medo, por não saber o que vai acontecer, de se envolver e perder quem se gosta.
Em seguida que meu pai se foi, pouco tempo depois, perdi minha avó. Aquilo me deixou uma sensação tão ruim, que entrava em pânico, cada vez que mamãe atrasava um pouco pra chegar em casa do trabalho. Morria de medo que ela não voltasse, imaginava mil coisas, um acidente, um mal súbito, sei lá... Isso já adolescente. Fizemos terapia em família e isso ajudou bastante. É bem verdade que sempre ficam alguns vestígios, tem cicatrizes, que mesmo curadas, em dias de chuva ainda doem um pouco. Eu tenho as minhas, sendo que uma delas é esta. E aprender a conviver com esse medo é um grande desafio. Toda vez que se perde alguém que se gosta muito, vai junto um pouco de nós... Não sei explicar...
Sabe, minha cabeça anda meio confusa. Vai ver é obra de um sábado chuvoso e o cansaço de uma semana bem puxada. Comecei falando da minha impaciência, tudo pra contar da minha paixão por filmes do tipo “acervo mais antigo”. Sendo histórias já conhecidas, contadas e recontadas, da pra ver tranquilo. Por que os lançamentos, só assisto depois que tem alguém pra me contar o final. Caso contrário, é um teste pra paciência alheia (quando algum corajoso aceita assistir comigo), já que fico o tempo todo: “Vamos passar um pouquinho pra frente? Pra ver o que vai acontecer...”
Brincadeirinha. =P
Ai ai... E quem é normal, afinal?
Mas tudo isso são só pensamentos soltos, minhas bobagens...
Caroline
sábado, 3 de janeiro de 2009
Você sabe como identificar um Porto-Alegrense?
Encontrei esse texto dando uma espiada, em alguns blogs desconhecidos. Na verdade, o VAI CARLA! SER GAUCHE NA VIDA! foi uma grande surpresa e já está na minha lista, aqui ao lado. A Carla fala sobre a vida, desde que é gerada e sobre como devemos conduzi- la, com relatos bem pessoais. Confesso que esqueci da vida, lendo cada postagem mais antiga, até que cheguei a essa pérola, que não dá pra negar, é a nossa cara.
Bah! Tri certinho! Quem é daqui irá se identificar, e aqueles que conhecem algum “nativo” de Porto City, também. O sotaque mais charmoso do mundo, na minha opinião, que me desculpem os demais, é o nosso. =)
TODO PORTO-ALEGRENSE:
1. Divide o domingo entre antes e depois da passadinha no Brique ou no Parcão.
2. A partir de julho, pára de comprar livros para aproveitar os descontos e os balaios da Feira do Livro.
3. Odeia o muro da Mauá.
4. Fala mal das praias gaúchas, mas nunca recusa convite para passar o fim de semana em Imbé ou Atlântida.
5. Desfila, em qualquer rua de qualquer cidade, com cuia e garrafa térmica como se fosse coisa trinormal.
6. Ama ou odeia o PT. Não tem meio termo.
7. Acredita que a última batalha não será entre o bem e o mal ou entre a luz e as trevas, mas entre gremistas e colorados.
8. Em uma tarde consegue mostrar todos os pontos turísticos da cidade aos amigos que vêm de fora.
9. Acha que Porto Alegre tem quase todos os defeitos de uma cidade grande e mais algumas desvantagens de uma cidade pequena, mas parte para a briga com qualquer estrangeiro que ouse dizer uma barbaridade dessas.
10. Acredita piamente que existe uma comprovação científica para o fato de o pôr-do-sol no Guaíba ser o mais bonito no planeta. Talvez pelo fato do paralelo trinta passar na Rua da República.
11. Chama o carinha ali de “bagaceiro”, come “negrinho” e “branquinho” e ainda compra “cacetinho”!
12. Diminui metade das palavras e nem se dá mais conta disso: Findi, Churras, Super...
13. Ama Porto Alegre!
O Porto-alegrês é uma das línguas mais difíceis do Ocidente (que não é o hemisfério, e sim um bar em Porto Alegre). Para começar, só existe uma interjeição: “báh!” - que é usada em mais ou menos 462 situações diferentes. Prá complicar, “báh!” tem, também, 497 entonações diferentes: pode ir de um simples “beh!”, até um complicado, “pãh!” dependendo do que se quer dizer.
Tem também as gírias. Porto Alegre é equipada com mais ou menos 15 fábricas de gírias funcionando sem parar. Algumas chegam até a serem exportadas: “viajar na maionese” e “pirar na batatinha”, que agora estão na moda no Rio (?), são faladas há anos, ou em Porto Alegrês, “há horas”. Outras expressões cruzaram a fronteira, mas nunca chegaram a serem compreendidas. “Deu prá ti”, por exemplo, que é o nome de uma música que fez o maior sucesso no Brasil inteiro. Talvez porque pensaram que “deu prá ti” fosse uma sacanagem quando na verdade só queria dizer “chega!”.
Também tem o “trilegal”, mas há horas ninguém fala trilegal em Porto Alegre. Se fala “tribom”, “triquente”, “triafim”, “trigente”, “triafu”(muito usado), “tri” o que tu quiseres.
Mas nada é mais porto alegrense quanto falar: “Tu vai ir?”. Repita agora, com sotaque: “Bah, mas tu vai ir? Bah, mas se tu for, eu também vou ir”. E deu prá ti “viu, guri”?
(Pôr-do-sol no Guaíba)
Não troco minha Porto Alegre por nada. Bem capaz!! =P
Bah! Tri certinho! Quem é daqui irá se identificar, e aqueles que conhecem algum “nativo” de Porto City, também. O sotaque mais charmoso do mundo, na minha opinião, que me desculpem os demais, é o nosso. =)
TODO PORTO-ALEGRENSE:
1. Divide o domingo entre antes e depois da passadinha no Brique ou no Parcão.
2. A partir de julho, pára de comprar livros para aproveitar os descontos e os balaios da Feira do Livro.
3. Odeia o muro da Mauá.
4. Fala mal das praias gaúchas, mas nunca recusa convite para passar o fim de semana em Imbé ou Atlântida.
5. Desfila, em qualquer rua de qualquer cidade, com cuia e garrafa térmica como se fosse coisa trinormal.
6. Ama ou odeia o PT. Não tem meio termo.
7. Acredita que a última batalha não será entre o bem e o mal ou entre a luz e as trevas, mas entre gremistas e colorados.
8. Em uma tarde consegue mostrar todos os pontos turísticos da cidade aos amigos que vêm de fora.
9. Acha que Porto Alegre tem quase todos os defeitos de uma cidade grande e mais algumas desvantagens de uma cidade pequena, mas parte para a briga com qualquer estrangeiro que ouse dizer uma barbaridade dessas.
10. Acredita piamente que existe uma comprovação científica para o fato de o pôr-do-sol no Guaíba ser o mais bonito no planeta. Talvez pelo fato do paralelo trinta passar na Rua da República.
11. Chama o carinha ali de “bagaceiro”, come “negrinho” e “branquinho” e ainda compra “cacetinho”!
12. Diminui metade das palavras e nem se dá mais conta disso: Findi, Churras, Super...
13. Ama Porto Alegre!
O Porto-alegrês é uma das línguas mais difíceis do Ocidente (que não é o hemisfério, e sim um bar em Porto Alegre). Para começar, só existe uma interjeição: “báh!” - que é usada em mais ou menos 462 situações diferentes. Prá complicar, “báh!” tem, também, 497 entonações diferentes: pode ir de um simples “beh!”, até um complicado, “pãh!” dependendo do que se quer dizer.
Tem também as gírias. Porto Alegre é equipada com mais ou menos 15 fábricas de gírias funcionando sem parar. Algumas chegam até a serem exportadas: “viajar na maionese” e “pirar na batatinha”, que agora estão na moda no Rio (?), são faladas há anos, ou em Porto Alegrês, “há horas”. Outras expressões cruzaram a fronteira, mas nunca chegaram a serem compreendidas. “Deu prá ti”, por exemplo, que é o nome de uma música que fez o maior sucesso no Brasil inteiro. Talvez porque pensaram que “deu prá ti” fosse uma sacanagem quando na verdade só queria dizer “chega!”.
Também tem o “trilegal”, mas há horas ninguém fala trilegal em Porto Alegre. Se fala “tribom”, “triquente”, “triafim”, “trigente”, “triafu”(muito usado), “tri” o que tu quiseres.
Mas nada é mais porto alegrense quanto falar: “Tu vai ir?”. Repita agora, com sotaque: “Bah, mas tu vai ir? Bah, mas se tu for, eu também vou ir”. E deu prá ti “viu, guri”?
(Pôr-do-sol no Guaíba)
Não troco minha Porto Alegre por nada. Bem capaz!! =P
Chove lá fora e aqui...
Cai uma chuvinha gostosa, que deixou a temperatura mais baixa, aqui no sul. Dia preguiçoso, coisa boa. Passei o sábado todo em casa, assistindo um pouco de televisão, lendo, jogando conversa fora, enquanto disputava uma rodada de canastra.
Pra piorar ainda mais essa vidinha complicada, acabou de ficar pronto uma pratada de sonhos, feitos agorinha, quentinhos. Tem de goiabada e de mumu (doce de leite), com bastante açúcar e canela, com aquela pitada especial, que só mamãe sabe dar.
Já tomei meu banho, coloquei meu pijama mais “agasalhadinho”, acho que nem saio mais debaixo das cobertas. Êta vida mais ou menos essa... hehehe
Bom finalzinho de sábado a todos!!
Caroline
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
O mais lindo presente
Engraçado, como costumo relacionar coisas a momentos que passaram, ou pessoas importantes. E minha relação com flores vem daí também...
Minha mãe ficou órfã muito cedo, então, minha única referência de avós que tive foi pelo lado do papai. Quando nasci, meu vô já tinha ido morar num outro plano, mas minha vó Corina sempre foi daquelas vovózinhas de historinha infantil. Tinha o cabelo feito tufos de algodão, bem branquinhos e macios, cheirava a flor e pra nos acalmar, tinha as melhores canções e histórias de ninar. Algumas coisas marcam pra sempre, e o que mais lembro, fora todo amor que ela nos deu, é do quarto dela, com uma cama daquelas bem antigas, com um dossel que sustentava cortinas sempre bem branquinhas. Depois veio a cama hospitalar, quando ela começou a ficar ruinzinha e já mal nos reconhecia. O quarto da minha vó, quando ainda estava forte e lúcida, cheirava a talco. Lembro de um altar, com uma imagem de Santo Antônio e uma de Santa Terezinha, por quem minha vó era muito devota. Em frente as imagens, sempre um lindo vaso com rosas amarelas, que eram cultivadas no jardim de casa.
A casa da vovó era enorme, pegava meio quarteirão, com um rico pátio, cercado de um jardim cheio de flores e árvores frutíferas. A roseira ficava a sombra de um pé de caqui, perto de um dos Ipês. Quase sempre que chegávamos lá, encontrávamos minha vó com um chapéu de palha, luvas e uma tesoura nas mãos, tratando de suas plantinhas. Era uma das maiores paixões dela e fazia aquilo com tanto amor e zelo, que a natureza retribuía com uma das obras primas mais lindas que já vi. Era a maior festa, cada vez que nos convidava pra ajuda-la, entregando um regador pra cada neta. Segurando nossas mãozinhas, nos guiava pra cavar um pequeno buraco na terra, onde largávamos novas sementes. Tinha também as vezes que varríamos o pátio, que no outono ficava tapadinho de folhas secas, ou com aquele tapete amarelo, das flores que caiam do Ipê. Outra paixão da vovó eram os pássaros. Tinha um cantinho só pra eles, com uma fonte de água fresquinha, onde volta e meia surgia um pardalzinho mais destemido. Na primavera, os sabiás cantavam e construíam os ninhos nas árvores e os beija- flores vinham bicar os bebedouros, com água doce. Era a coisa mais linda do mundo.
A dona Corina devotava o mesmo amor que tinha por pessoas, aos animais. Sempre abrigava gatinhos e cachorros abandonados, que faziam da casa dela uma festa ainda maior. No canil, tinha mais de 10 cãozinhos, fora os que andavam soltos pelo quintal. Os gatos, todos castrados, eram gordos e lustrosos, como diria minha tia. Pra onde se olhasse, tinha um dormindo o soninho dos justos, relaxadão. No inverno, em dias mais frios, vovó fazia um chocolate quente e sentávamos, as netas, uma de cada lado, no sofá da sala. Bem em frente a lareira, ouvíamos histórias de quando meu pai e minhas tias eram pequenos. Outras vezes, ela vinha com um baú, de tamanho mediano (lembro até hoje do cheiro forte da madeira), onde guardava as fotos antigas. Nos mostrava aquilo como se fosse um tesouro, contando cada momento que foto por foto representava. E os gatos, tudo na volta. Os mais abusados se aconchegavam em nossos colinhos, ganhando carinho, enquanto o Tuco, o xodó da minha vó, por ser o cão mais antigo na casa, deitava nos pés dela, como se quisesse dividir conosco aquele momento.
Minha vó era assim e vai ser pra sempre, em meu coração: uma mãezonha, que tinha como maior felicidade na vida se doar no ato de amar, sem olhar a quem. Foi com ela que aprendi muitas coisas. O gene, que traz todo esse amor que tenho por bichinhos, também é graças a ela. As lições de respeito e cuidado, com tudo aquilo que papai do céu nos oferece gratuitamente, também estão por aqui, em cada lembrança vivida ao lado desta grande mulher. Como eu disse pra minha amiga Pê (http://umcertouniverso.blogspot.com/), muita coisa ficou pra trás, como se estivessem congeladas, na época da minha infância. Onde eu não tinha medo de abelhas, nem aranhas , sapos ou gafanhotos. Nem de desbravar o rico jardim da vovó. Onde cada plantinha tinha um outro foco, minha visão percebia muito além dos olhos, pois aquilo tudo, aquela obra da natureza, era recebida com o olhar fantasioso e mágico, de uma menininha de 4, 5 anos. Muito disso se perdeu, quando vovó nos deixou. Levou com ela o lado mais doce daquela casa, daquele pedacinho de céu, bem no quintal. As pitangas já não eram mais tão vermelhas, nem as goiabas tão suculentas. O abacateiro já não parece tão imponente e robusto. As borboletas e os passarinhos já não são os mesmos...
Mas as rosas amarelas continuam lá, lutando contra o tempo, que teima em passar. Seguem bem abaixo da janela, do que um dia foi o quarto da vovó. Ainda exalam o mesmo perfume e colorem o velho jardim. Hoje são cuidadas pelas mãos da minha tia, mas parece que elas sabem que precisam ficar tão lindas quanto antes. Ainda perfumam e embelezam o altar da vovó. Porém, como uma ultima homenagem em agradecimento, são constantemente colidas e carregadas, com todo cuidado, pra perto da ultima morada da Dona Corina. Em cima de um gélido mármore, dentro de um vaso bonito, voltam pra junto de quem sempre as amou. E da minha parte, sempre que vejo flores amarelas, me transborda o coração de felicidade, por que me levam pra junto dela também. Me vejo pequena, com sorriso solto, sujinha de terra, brincando no jardim da minha amada avó. Que onde ela esteja, possa ter orgulho desta neta, que mesmo hoje uma medrosa de carteirinha, tem na sua essência tudo aquilo de mágico que aprendeu. Fico em paz, na certeza que um dia nos reencontraremos. E tenho uma desconfiança, que vais me esperar com rosas amarelas. Não é vovó?
A querida amiga Pê, um muito obrigada, do tamanho do mundo, pelo presente que recebi. Sabe, Pê, cada vez que leio tu descrever essa tua paixão, descubro outra grande mulher. Tenho maior orgulho de ti, minha Richard Rasmussen de saia... hahauhauhauhauhua
(foto da orquídea da Pê, peguei lá no UM CERTO UNIVERSO)
Obrigadão!!
Caroline
Minha mãe ficou órfã muito cedo, então, minha única referência de avós que tive foi pelo lado do papai. Quando nasci, meu vô já tinha ido morar num outro plano, mas minha vó Corina sempre foi daquelas vovózinhas de historinha infantil. Tinha o cabelo feito tufos de algodão, bem branquinhos e macios, cheirava a flor e pra nos acalmar, tinha as melhores canções e histórias de ninar. Algumas coisas marcam pra sempre, e o que mais lembro, fora todo amor que ela nos deu, é do quarto dela, com uma cama daquelas bem antigas, com um dossel que sustentava cortinas sempre bem branquinhas. Depois veio a cama hospitalar, quando ela começou a ficar ruinzinha e já mal nos reconhecia. O quarto da minha vó, quando ainda estava forte e lúcida, cheirava a talco. Lembro de um altar, com uma imagem de Santo Antônio e uma de Santa Terezinha, por quem minha vó era muito devota. Em frente as imagens, sempre um lindo vaso com rosas amarelas, que eram cultivadas no jardim de casa.
A casa da vovó era enorme, pegava meio quarteirão, com um rico pátio, cercado de um jardim cheio de flores e árvores frutíferas. A roseira ficava a sombra de um pé de caqui, perto de um dos Ipês. Quase sempre que chegávamos lá, encontrávamos minha vó com um chapéu de palha, luvas e uma tesoura nas mãos, tratando de suas plantinhas. Era uma das maiores paixões dela e fazia aquilo com tanto amor e zelo, que a natureza retribuía com uma das obras primas mais lindas que já vi. Era a maior festa, cada vez que nos convidava pra ajuda-la, entregando um regador pra cada neta. Segurando nossas mãozinhas, nos guiava pra cavar um pequeno buraco na terra, onde largávamos novas sementes. Tinha também as vezes que varríamos o pátio, que no outono ficava tapadinho de folhas secas, ou com aquele tapete amarelo, das flores que caiam do Ipê. Outra paixão da vovó eram os pássaros. Tinha um cantinho só pra eles, com uma fonte de água fresquinha, onde volta e meia surgia um pardalzinho mais destemido. Na primavera, os sabiás cantavam e construíam os ninhos nas árvores e os beija- flores vinham bicar os bebedouros, com água doce. Era a coisa mais linda do mundo.
A dona Corina devotava o mesmo amor que tinha por pessoas, aos animais. Sempre abrigava gatinhos e cachorros abandonados, que faziam da casa dela uma festa ainda maior. No canil, tinha mais de 10 cãozinhos, fora os que andavam soltos pelo quintal. Os gatos, todos castrados, eram gordos e lustrosos, como diria minha tia. Pra onde se olhasse, tinha um dormindo o soninho dos justos, relaxadão. No inverno, em dias mais frios, vovó fazia um chocolate quente e sentávamos, as netas, uma de cada lado, no sofá da sala. Bem em frente a lareira, ouvíamos histórias de quando meu pai e minhas tias eram pequenos. Outras vezes, ela vinha com um baú, de tamanho mediano (lembro até hoje do cheiro forte da madeira), onde guardava as fotos antigas. Nos mostrava aquilo como se fosse um tesouro, contando cada momento que foto por foto representava. E os gatos, tudo na volta. Os mais abusados se aconchegavam em nossos colinhos, ganhando carinho, enquanto o Tuco, o xodó da minha vó, por ser o cão mais antigo na casa, deitava nos pés dela, como se quisesse dividir conosco aquele momento.
Minha vó era assim e vai ser pra sempre, em meu coração: uma mãezonha, que tinha como maior felicidade na vida se doar no ato de amar, sem olhar a quem. Foi com ela que aprendi muitas coisas. O gene, que traz todo esse amor que tenho por bichinhos, também é graças a ela. As lições de respeito e cuidado, com tudo aquilo que papai do céu nos oferece gratuitamente, também estão por aqui, em cada lembrança vivida ao lado desta grande mulher. Como eu disse pra minha amiga Pê (http://umcertouniverso.blogspot.com/), muita coisa ficou pra trás, como se estivessem congeladas, na época da minha infância. Onde eu não tinha medo de abelhas, nem aranhas , sapos ou gafanhotos. Nem de desbravar o rico jardim da vovó. Onde cada plantinha tinha um outro foco, minha visão percebia muito além dos olhos, pois aquilo tudo, aquela obra da natureza, era recebida com o olhar fantasioso e mágico, de uma menininha de 4, 5 anos. Muito disso se perdeu, quando vovó nos deixou. Levou com ela o lado mais doce daquela casa, daquele pedacinho de céu, bem no quintal. As pitangas já não eram mais tão vermelhas, nem as goiabas tão suculentas. O abacateiro já não parece tão imponente e robusto. As borboletas e os passarinhos já não são os mesmos...
Mas as rosas amarelas continuam lá, lutando contra o tempo, que teima em passar. Seguem bem abaixo da janela, do que um dia foi o quarto da vovó. Ainda exalam o mesmo perfume e colorem o velho jardim. Hoje são cuidadas pelas mãos da minha tia, mas parece que elas sabem que precisam ficar tão lindas quanto antes. Ainda perfumam e embelezam o altar da vovó. Porém, como uma ultima homenagem em agradecimento, são constantemente colidas e carregadas, com todo cuidado, pra perto da ultima morada da Dona Corina. Em cima de um gélido mármore, dentro de um vaso bonito, voltam pra junto de quem sempre as amou. E da minha parte, sempre que vejo flores amarelas, me transborda o coração de felicidade, por que me levam pra junto dela também. Me vejo pequena, com sorriso solto, sujinha de terra, brincando no jardim da minha amada avó. Que onde ela esteja, possa ter orgulho desta neta, que mesmo hoje uma medrosa de carteirinha, tem na sua essência tudo aquilo de mágico que aprendeu. Fico em paz, na certeza que um dia nos reencontraremos. E tenho uma desconfiança, que vais me esperar com rosas amarelas. Não é vovó?
A querida amiga Pê, um muito obrigada, do tamanho do mundo, pelo presente que recebi. Sabe, Pê, cada vez que leio tu descrever essa tua paixão, descubro outra grande mulher. Tenho maior orgulho de ti, minha Richard Rasmussen de saia... hahauhauhauhauhua
(foto da orquídea da Pê, peguei lá no UM CERTO UNIVERSO)
Obrigadão!!
Caroline
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
PRIMEIRO DIA DO ANO
Dia mundial pela paz
Poema da Paz
0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor
(Mensagem de Madre Teresa)
Poema da Paz
0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor
(Mensagem de Madre Teresa)