Lembrei de algo bem engraçado, mas engraçado mesmo é como algumas coisas mudam com o passar do tempo. Quando o assunto é alopatia, é que vejo que “ minha voz continua a mesma, mas meus cabelos, QUANTA DIFERENÇA”... hehehe Hoje em dia é uma briga, pra que eu use qualquer tipo de medicamento. Tomo só se for em caso de extrema necessidade, só que há alguns anos atrás...
Como já havia citado, quando pequena era uma criança muito, mas MUITO travessa. E hipocondríaca. Isso mesmo. Você não está lendo errado, não. Mamãe não podia se descuidar da caixinha de remédios, ou então, sem pestanejar, eu tomava mesmo. Os meus preferidos, chamava de balinha, eram os comprimidos de Melhoral infantil (Nossa! Veio o gostinho na boca agora. Como pode, né?) Lembro perfeitamente daquele sabor e de pegar escondido, se encontrava em alguma gaveta. Na época eram embalagens de papel, diferente dos plásticos de hoje. Facilitava ainda mais minha mente traquina. Nunca fiz careta pra remédio nenhum. Das homeopatias, já sabia até aqueles nomes “estrambólicos”, tudo de cor e salteado. A fumacinha, como chamava a nebulização, era minha companheira. Fantasiava altas histórias, algumas eram aventuras pelo fundo do mar. Tudo era motivação pra ativar minha imaginação BEM criativa.
Por sorte, tanto eu como minha mana, sempre fomos duas crianças bem saudáveis. Meu único problema, que persiste até hoje, são os problemas respiratórios, complicados com o rígido inverno dos pampas. Em mim, ataca a bronquite. Lembro que vovó fazia um remédio caseiro, que era uma porretada. Um xarope de banana. Acho que sei os ingredientes, que além das bananas ia mel, guaco, agrião e um pouco de álcool. Dona Corina colocava tudo pra ferver, em um panelão, no fogão a lenha. Claro que o álcool evaporava, mas vovó me dizia que aquilo era “cachacinha” ( minha avó era muito humilde, veio do interior, não tinha muito tato pra explicar politicamente correto) pra tirar a tosse, quando eu perguntava do cheirinho. Sabe como é criança, leva tudo ao pé da letra. Tanto é, que teve um dia, em plena festa de casamento de uma prima, a pequena Caroline teve um ataque de tosse. Mamãe, com certeza, deve ter dado água, feito de tudo pra aliviar, acontece que não demorou muito pra que surgisse a indesejada frase:
- MAMÃE, DÁ MINHA CACHACINHA? “ TRAZEU” A CACHAÇA, MAMÃE?
E assim por diante. Na minha inocência infantil, não existia papas na língua, nem constrangimentos. Queria só aquela poção mágica da vovó. A santa cachacinha, que tirava aquela tosse chata, como se fosse com as mãos.
Hoje em dia tenho horror a tomar remédio. Eles nem caem bem, pois fico seguido ruim do estômago. Mas foi no meio de uma noite, entre um COF COF e outro, que daria tudo por aquele xarope. Se hoje faria o mesmo efeito, praticamente instantâneo? Não sei. Parece que os bichinhos que moram dentro de nós, esses vírus, crescem e ficam fortes, seguindo nosso desenvolvimento. Provavelmente teria que dar uma repaginada, no “coquetel porretada” da Dona Corina. Como minha mãe diz: “mal não faria.”
Engraçado mesmo, como algumas coisas mudam com o tempo. E outras, não.
Caroline
18 comentários:
Oi Carol.
Saudade das nossas conversas...
Beijo!
To passando pra te dar um Oie!!
Bjs
Hahahaha eu também pegava remedio escondido pra tomar. Minha mãe queria morrer e me matar junto!
Ah,eu sempre fui avessa aos remédios (deve ser pq na minha família tem uma pancada de hipocondríacos), mas qdo era pequena não tinha lá essa saúde toda não, eu detestava os remédios, até hoje fico meio assim sem querer tomar os tais, aff, mas o tempo faz a maioria das coisas mudar, mas com relação aos remédios não funcionou muito comigo não...
Beijos!
Ps: Tem meme pra vc lá no meu blog...
Oi Carol!!!
Tudo bem?
Tem um MEME pra vc lá no meu blog...
Beijooo!
Nooossa que louco essa sua afeição por remédios quando criança! Minha mãe tinha que correr atras de mim por toda a casa pra eu tomar qqr remédio! kkk
=***
Menina, que foto linda de entrada do seu blog ... ja quero ficar lá :)
um bjo
Carol!!saudade de ti..
cade meu café e bolo??
rs
beijão
Nossa! Eu já tive varias orverdoses com xarope, tinha problema de garganta e tossia muito, minha mae comprava xorope e eu adorava, uma vez tomei o vidro todo...
Bjos de luz doce Carol.
Remédios quase foram a minha libertação. Felizmente, ou infelizmente, me puxaram antes que pudesse chegar a tal luz... enfim... gás do riso parece ser legal... :T
adorei seu blog! é uma delícia relembrar bons momentos como os de nossa infância. Eu não era muito fã de remédios não, mas a "fumacinha" eu ADORAVA!
O texto do Oswaldo Montenegro no inicio do blog é lindo de morrer!
Bom, sou nova nesse negócio de blog.. mas buscarei sonhar sempre! =)
Se tiver como, adoraria receber críticas/sugestões suas no meu blog, pois ainda estou meio perdida por aqui! rs
beijos!
Caroline, obrigada pela visita lá no meu Blog. Vim visitar o seu e, veja só: AMEI!! Parabéns!
Li esse seu post e lembrei-me perfeitamente da embalagem, da cor, do formato e até do gosto do Melhoral Infantil. Confesso que era tão gostoso, que eu também tomava escondida!!
Ah! Adoro sua cidade, viu? Aliás, adoro o Rio Grande do Sul!!! Ainda vou morar aí!
Beijos
Oi Carol!!! Tá sumida hein... Espero que esteja td bem com vc.
Uma ótima semana pra vc!!!
Bjs
Oi Carol!! Sei que tô meia sumidinha dos blogs amigos... desculpe. Mas estou tão emocionada!! Acabo de tirar a foto do bebê beija-flor! Quando o vi, lembrei de vc na hora! Acabei de publicar, dê uma olhadinha! Aff, meu coração tá disparado. É incrível, fofo, já tem um biquinho... uma graça! Beijos!!!
Poxa Carol, vc sumiu mesmo né? Espero que esteja tudo bem contigo.
Beijo!
Carol..
Tá tudo bem contigo??
Espero que sim... saudades
Beijos!
Caroline, cadê você???
Saudades
Beijinhos
Enquanto eu fugia vc gostava? huahuahhah
Eu tenho bronquite ainda e isso me fazia perder mt coisa para ficar agarrada ao nebulizador, além dos remédios que me faziam acordar no meio da noite! argh!
bjinhos menina amei teu blog!
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