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sábado, 1 de novembro de 2008

O primeiro susto

Hoje vim contar mais uma história, sobre o Jhonynho. Ô gato pra nos dar sustos. Das setes vidas, que ele tinha de crédito, só restaram duas. Ainda contarei cada tombo, cada vez que esse danado quase nos matou de susto, cada traquinagem, deste “anjinho” da família.

Um dia, estávamos eu e a mãe, na sacada de casa, olhando o movimento. Lembro que era um dia frio, em pleno inverno gaúcho e qdo aparece um solzinho, aproveitamos pra tirar o mofo. O Jhonynho também adora pegar sol, fica revirando o corpinho, no piso quente. E eles ficam com um cheirinho tão bom, não é? Adoro afundar meu nariz naquela barriga quentinha, sentir o cheiro gostoso, da pancinha morninha. Quem tem gato, sabe como é... Ou será que eu e minha mana somos as únicas malucas, que gostam de fazer isso??

Na sacada tem uma muretinha, depois de se “refestelar” no chão, pulava e ficava olhando os carros e as pessoas. Neste dia, ele havia feito o de sempre: ouvia o barulho da porta e já corria pra juntinho de nós. Ficava mamãe e eu, debruçadas no pára-peito e ele na mureta. De repente, passa um vulto voando, que chama nossa atenção. As palavras da minha mãe foram exatamente essas:
- Olha Caroline... Um gatinho...
Como se fosse em câmera lenta, acompanhamos aquele ser voador não identificado, caindo em direção ao chão, três andares abaixo. Até então, não havia caído a ficha. Compartilhávamos uma diarréia mental. Ainda respondi:
- É mesmo... Um gatinho...

Acordamos com o baque, feito pelo choque do corpo com o piso. Foi aí que nos demos conta, que o gato alado atendia pelo nome de Jhonatas. Foi um susto tão grande, que mal conseguia falar ou mover meu corpo, pra fazer alguma coisa. Esta não foi a primeira vez, mas já tiveram outras situações assim, das quais não consigo se quer raciocinar, tomar uma atitude. A tensão e o nervosismo me congelam, paralisam. Sou irremediavelmente uma pessoa apática, em situações de estresse extremos. Deus queira que ninguém dependa de mim, nessas horas... hehehe

No pátio aqui do edifício, tem um pequeno canteiro, com uma elevada feita de tijolos. Meu gatinho caiu bem ali. Caiu de mal jeito, pois bateu com o canto da boca e o nariz, bem nessa borda do canteiro. Depois ficou encolhidinho, muito assustado, soltou um miado baixinho, quase imperceptível. Ele olhou pra cima, onde eu estava... Quando vi o medo, naquela carinha sujinha de sangue, parecia que meu coração tinha parado, mal conseguia respirar. Mamãe deve ter voado, escada abaixo, pq logo em seguida apareceu ao lado dele, que feito bebê, se aninhou no colinho, todo molinho... Que dó!! Coração que ama sofre, meu Deus... Sei que foi uma correria, um choradeira, o medo de perde-lo, um misto de sensações, tudo a caminho pra veterinária. Depois vieram os curativos, comidinhas pastosas, revezamento noturno pros cuidados com o bebezinho da casa e muito, ainda mais mimos, pra um gato baldoso demais.

Esse foi o primeiro tombo, de muitos. Foi aí que iniciaram meus cabelos brancos, de tantos outros. Até hoje não sabemos como ele caiu. A veterinária nos explicou que, em alguns casos, os gatinhos pegam no sono e uma mexidinha, dada meio que no susto, pois esquecem onde estão, é o suficiente pra levar a esses acidentes. As vezes, um pássaro “kamikase”, passa muito próximo e eles se desequilibram, tentando caçar. Ou, até mesmo, um salto mal calculado e está feito o estrago. Só sei que o Jhonynho é muito tapadinho, repetindo a “mancada” outras quatro vezes. Ninguém merece.

Bom, parte da culpa (grande parte) é nossa. Pq desde pequeno foi castrado e virou gatinho de madame. O coitado, nem caçar sabe. É um eterno bebezão. Aquilo de instinto animal, aquela coisa meio selvagem, não chegou a desenvolver. Pois, a cada miadinha, tem três mulheres babonas, prontas pra atender todas as vontades, do reizinho da casa.

E ele, que não é bobo, pinta e borda.

2 comentários:

Vera Vilela disse...

ai meu Deus, que atrapalhadinho ele.
Ainda bem que sobreviveu. E eu fico mais tranquila, afinal não é só o meu Elvis que vive aprontando... ufa
Sei bem como é ver nosso bichinho sofrendo.
Só São Francisco mesmo pra proteger.
Beijos pra você e um carinho no Jhonynho.

Fernanda Magalhães disse...

Jhonynho?!! Me apaixonei por ele rsrsrsrssr

Carol, esses dias entrando na empresa que trabalho tinha um filhotinho de gato, ele estava total desprotegido e miando muito peguei e levei la pra minha sala e pedi um pouco de leite pra moça dos serviços gerais da empresa...Menina! Esse gato me trabalho, começou a soltar pum e gritar, ele nao miava mais, ele gritava! Isso o dia todo, no final da tarde a galera da empresa todo junto comigo tentando pegar esse gato pra poder fechar a empresa, e para o meu desespero por onde passavamos tinha coco do gato...Não! depois te conto mais detalhes, eita gatinho que me deu trabalho ahahahahah


Bjos amada!

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