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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A prática da sociabilidade

Estava pensando sobre o que escreveria hoje. Tenho tanta coisa pra dizer, tanta coisa pra contar, dividir idéias. Cada vez que sento aqui, na frente desta tela, faço com coração aberto, de verdade. Tem gente que usa esse tipo de espaço como escudo pra realidade, veste uma máscara e cria uma fantasia, uma vida paralela. Não julgo, nem acho certo ou errado. Não cabe a mim isso, até pq cada um sabe de si. Comigo funciona de uma maneira diferente. Aqui, como no meu dia a dia, não me isolo das pessoas, tento mostrar o que realmente sou. Pq aprendi que a medida que mostro-me de verdade, aproveito a oportunidade pra refletir realmente o que quero. É tão mais fácil assim.

Nunca fui de criar barreiras, pelo contrário, sempre dei o primeiro passo, pras novas oportunidades. Lembro que em época de escola, qdo tinha algum colega novo, era das primeiras a puxar conversa. Ficava inquieta, se via alguém “de canto” ou deixado de lado. Todos sabemos que as crianças, em geral, são implacáveis em brincar com as dificuldades de seus coleguinhas. Muitas vezes geram nesses a vergonha, medo e a necessidade de isolamento, pra evitar ser alvo de piadas. Não gosto de nenhum tipo de “maldade humana”, mas uma das mais cruéis é fazer uma pessoa se sentir inferior, ou rejeitada. Esse abandono e rejeição certamente gerarão o sentimento de inferioridade.

Não lembro de ter passado por traumas maiores na infância, mas com certeza tinhas as piadinhas sem graça. Sempre tem, qdo vc não faz parte do padrão “pré-determinado”. Era uma criança gordinha, cheia de sonhos e uma inocência sem fim. Com uma mãe maravilhosa, que me ensinou a jamais ligar pro que os outros dizem, que alimentava minhas fantasias infantil com muito amor e carinho. Acho que passei duas vezes, na fila da auto-confiança, antes de vir pra cá. Não faço comparações, nem menosprezo minhas dificuldades e limitações. Reconheço meu valor, e assim não permito que ninguém me desrespeite ou maltrate.

A vida nunca é um permanente mar de rosas. Nem a minha, nem a de ninguém. Tenho meus problemas, que vão e vem, porém não dou ouvido aos meus medos, faz um tempinho. Custei, mas aprendi enfim, que qualquer coisa que não me permita seguir em frente, não há de me levar a lugar nenhum. Ainda estou aprendendo com meus erros. Isso leva tempo e paciência, mas já não fico me punindo. Me permito mudar, sempre que desejo. Valorizo minhas conquistas, assim como valorizo demais, cada pessoa que esteve ou está ao meu lado. Minha vida é meu mundo!

Espero que eu esteja no caminho certo. Afinal estamos nessa vida de passagem e pra aprender. E se vc sente-se inferior aos outros, livre-se disso! Ninguém é melhor do que ninguém.

No fim somos pó de estrela e sendo assim,
TODOS NASCEM PRA BRILHAR.

2 comentários:

Taw disse...

É isso aeee... quanto mais tempo vc convive contigo mais vc se conhece!

Afrodite disse...

Olha,vc descreveu uma situação que passei qd criança!Eu não podia ver ninguém de lado que puxava pra roda!E tb digo que passei além da conta na fila da auto-confiança!rsrs...
Adorei o texto!Cada vez mais me surpreendo com o ser humano maravilhoso que descubro em vc!E te admiro cada vez mais!É ótimo ter te encontrado ,sabia?Um dia ainda vamos nos conhecer e conversar pessoalmente!
Um beijo

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