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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Jhoninho

Eu amo gatos e fico uma “ arara”, de tão brava, quando vejo alguém dizer que não gosta deles, por serem animais egoístas. Sempre tive bichinhos de estimação. Foram gatinhos, cachorros, coelhos, pintinhos, porquinhos da índia, periquitos e peixinhos. Minha mãe é do seguinte conceito: todo amiguinho, de 4 ou 2 patas, traz uma importância enorme pro desenvolvimento da criança. E assim fui crescendo, tendo o prazer de conviver com meus bichos.

Sete anos atrás nosso gatinho tinha fugido e nunca mais voltou. Como não era a primeira vez que ele aprontava, nos primeiros dias ficamos esperando sua volta, mas entrava semana, meses e nada. Qdo a ficha caiu de verdade, fiquei muito triste e minha mãe disse que não teríamos mais nenhum animal em casa, no fim todo mundo se apega muito e sempre era o mesmo sofrimento. Mas quem disse que a gente resiste? Foi aí que entrou o Jhoninho em nossas vidas. Minha dinda o pegou na protetora dos animais, logo que desmamou. Foi presente d véspera de aniversário, já que ele chegou em casa num dia 7 de setembro. Era tão feinho, virado em olho, magrinho que só vendo. Mas aqueles olhinhos encantaram todo povo daqui e nem demorou muito, todas babávamos pelo gato. E gatinho bebê é a coisa mais fofa do mundo, todo atrapalhado, da vontade de apertar. Teria tantas e tantas histórias pra contar dele e farei isso, mas hoje tenho uma especial, sobre nós dois.

Sempre que chego do trabalho minha mãe abre a porta do nosso apartamento e ele desce escada a fora, pra me esperar. Tem vezes que só enxergo aquela carinha linda, me espiando. Como todo mundo que tem gato sabe, eles sempre escolhem as pessoas de casa por uma função. Com minha mãe ele é só dengo, pede colo e carinho, xodó da vovó. A Karika é encarregada pela comida e água, sempre que quer algo, pára na frente dela e mia na direção da cozinha. Dormir também é só com ela e tem que ser feito bebê, deitado no braço, só com a cabecinha pra fora das cobertas. Já eu, sou o parque de diversão. Sou a única que brinco com ele, me refiro a brincar mesmo: pega-pega, esconde-esconde, jogar bolinha, essas coisas. Ele não pode me ver que já fica “ladiado”, pronto pra correr. Isso qdo ele não pega minhas pernas e sai “troteando”, depois se esconde e fica esperando eu pega-lo. Só vendo mesmo... São duas crianças em casa.

Não lembro se já comentei aqui, mas sou levemente estabanada. Um dia estava brincando de pique esconde com ele, corri pra me esconder no quarto da minha irmã, acontece que no meio do caminho tinha uma quina de cama, que acertou em cheio meu joelho. Na mesma hora cai no chão, sentindo muita dor. Do jeito que cai, fiquei. O jhoninho vinha logo atrás de mim e levou um sustão. Comecei a chorar, nisso ficamos só eu e ele, já que minha mãe e mana pensavam que eu estava brincando.

Naquela hora não sei o que passou na cabecinha dele, mas pulou na cama, bem na altura do meu rosto e me olhou nos olhos. Ficou me olhando chorar, com uma carinha de assustado, então ele foi chegando mais pertinho, deu uma cheiradinha e começou a lamber meu rosto, molhado com minhas lágrimas. Era como se me consolasse, sabe? Naquele segundo, estávamos ligados por uma força bem maior, que não distingue ser humano de animal, racional do irracional, era um contato de coração pra coração. Depois chegou minha mãe, que me xingava por tentativa de suicídio, questionando se queria me matar, esses “exageros de mães”. Minha irmã ria. Ria muito. Vai ver que da minha cara de choro e da situação “tragecômica” . Esta casa é de louco mesmo.

No meio daquela pequena confusão, até esqueci da dor, tinha um leve sorriso no rosto. Daqueles de quem traz consigo um grande segredo. Agora eu sabia, minha batalha em defesa dos meus amigos gatinhos não era em vão. Não é só o cão o melhor amigo do homem. O que pode ser maior que a sintonia do coração?

EU AMO GATOS!
AMO MUITÃO O MEU!

7 comentários:

jhulyjohns disse...

Oh... Que lindo ele te lambendo. Posso imaginar a cena!

Também tenho problemas com pessoas que odeiam gatos. Aliás, com pessoas que odeiem qualquer tipo de bichinho!

O Jhoninho é muito lindo!!!

Anônimo disse...

Carol (mesmo ser ser íntimo), felizmente não tenho nenhun gato MEU, mas oito deles estão comigo para o que der e vier e me alugaaammmmmmm. Temos uma amiga (que adoro) em comum: Vera Vilela.
Alias de agora em diante nunca pense em gatos como MEU (meu é "maia") e pra ser mais preciso: Use 99% o ESTAR e o resto de SER, sacou?
Abraços carinhosos
Géber Accioly

jhulyjohns disse...

Oi... Deixei um selinho de presente lá no blog. É em homenagem aos amigos da blogosfera que fazem a gente ter vontade de visitar sempre que possível! É o selo Criança Grande. Pode repassar aos blogs que você quiser, ou pode ficar só pra você. Um beijo!

Selo: http://jhulyjohns.blogspot.com/2008/10/selinho-de-criana-grande.html

Afrodite disse...

Oi!
Adorei seu filho!Lindão!
Tenho a Preta que é a minha fofa.Tem uma ano e apronta todas...só me aborrece qd decide arranhar minha mobília...nessa hora corro atrás dela e ela já sabe que fez m...vai se esconder debaixo da cama...rsrs
mas não vivo sem ela!
bjo!

Afrodite disse...

Eu me sinto honrada com tamanha admiração!
Saiba que nossa amizade embora virtual é muito importante em minha vida!
Também gosto demais de vc!E te admiro tanto ou até mais que vc a mim!
bjo!

jhulyjohns disse...

:õ)

Vera Vilela disse...

Mas veja só, que beleza de texto e com um assunto que eu amo de paixao: gatos. Não tenho medo de dizer que gosto mais de gatos que de cães, tenhos dos dois e amo todos, mas os gatos são realmente seres especiais.
Por ter vários, quando estou triste ou deprimida eles se juntam, em 3 ou quatro e me cercam na cama, já li em algum lugar que é realmente um tratamento para tirar as más energias, e funciona.
Minha gata Dorinha acostumou a perdir a benção pra mim toda noite, ela mia, eu estico a mão e ela lambe, então eu faço carinho nela e digo: Deus te abençõe. Ela dorme no travesseiro , do meu lado, é meu bebê e minha sombra, onde vou ela esta atrás, sempre. Se vou cozinhar, ela se prosta na cadeira e fica lá me admirando, se vou pra sala ela se deita pertinho de mim e até no banheiro tenho que deixá-la ir comigo, uma companheirona.
Tenho um texto (já meio antigo) que fala do João Sebastião e como ele cuidava de mim, esse gato infelizmente foi envenenado, e chorei muito tempo e ainda não posso ver fotos dele.
Se quiser ler o texto, veja AQUI
Amei suas palavras lá no meu blog.
E beijos pro Géber que é meu mestre e guru.

Tem mais alguém aqui?